Nikolai Gogol, "O inspector geral" - Leitura encenada

Após ter sido cancelado em Dezembro de 2011, o espetáculo tem lugar na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, nos dias 20 e 21 de janeiro, pelas 21h30.

Direção artística de Vítor Correia.

Elenco: António Costa, Cristina Felício, Isabel Costa, Joaquim Neto, Luís Peixoto, Manuel Soares, Mário Rosário, Vitor Cardeira, Vitor Correia, Miggy Pop, Pedro Jubilot e Teodorico.

"Prova de Artista"

A Biblioteca Municipal Álvaro de Campos recebe nos dias 14 e 15 de Janeiro um workshop de dramaturgia orientado por André E. Teodósio. Mais  detalhes aqui.

CHAROLAS ... e a tradição ainda perdura em Tavira

Uma tradição que remonta ao tempo dos romanos, "As Janeiras" (no Algarve conhecidas como Charolas), são uma forma de dar as boas-vindas ao Ano Novo.

Evocando quadras alusivas à época, ao som dos ferrinhos, do bombo, do reco-reco, do tambor, da viola, das castanholas, do cavaquinho e do acordeão, grupos de pessoas cantavam outrora de porta em porta.  Hoje a tradição passa mais pela reunião de grupos (Encontro de Charolas) num determinado local.

Além das quadras alusivas à época, estes grupos cantam quadras "recheadas" de uma certa ironia e mordacidade face aos problemas da sociedade e da vida.

Não deixe morrer a tradição e compareça

dia 8, 15h00

Cine-Teatro António Pinheiro

para o

XXVII Festival de Charolas "Cidade de Tavira"

Feliz Natal & Próspero Ano Novo!

Honrar o Natal nos nossos corações

é saber mante-lo todos os dias do ano!

Charles Dickens

 

Aos que me seguem com mais frequência e aos que me visitam de vez em quando votos de um Natal com saúde, paz e alegria!

Tavira de outrora

Nikolai Gogol, "O Inspector Geral"

Leitura Encenada

16 e 17 Dezembro

21h30

Na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos

- CANCELADO -

 Organização



ARMAÇÃO DO ARTISTA

 

Não, não é cansaço...

Afinal não é cansaço... apenas uma quantidade de desilusão!

Aqui fica mais um poema de Álvaro de Campos

imagem abstractoconcreto.blogspot.com

Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
E um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...

Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.

Não. Cansaço por quê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta —
Qualquer coisa como um grito
Por dar,
Qualquer coisa como uma angústia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer como...
Sim, ou por sofrer como...
Isso mesmo, como...

Como quê?...
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.

(Ai, cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!)

Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço!...

Álvaro de Campos